Quando o mercado de trabalho se viu diante de uma avalanche de profissionais psicologicamente adoecidos, o tema do bem-estar nas empresas ganhou evidência, manchetes e discussões – o que, sim, é muito válido! Mas, sentimos dizer, as notícias não são boas. Os casos de burnout não diminuíram – pelo contrário, superam o pico registrado na pandemia. Embora este resultado venha de uma pesquisa que investigou países como Estados Unidos, Japão e Alemanha, serve de alerta para todas as organizações se perguntarem: como, então, cuidar efetivamente da saúde mental dos colaboradores?
Em 2019, o Brasil tinha 32 milhões de pessoas com a Síndrome do Esgotamento Profissional; o país também é um dos mais ansiosos e depressivos do mundo, tornando a realidade para as empresas brasileiras um desafio ainda maior. Fato é que ainda há uma lacuna a ser preenchida para que mudanças reais aconteçam e a relação na tríade empresa-colaborador-trabalho seja, de fato, saudável e equilibrada.
Aliás, equilíbrio é a palavra que define as expectativas dos profissionais, especialmente os mais jovens. Segundo uma pesquisa do Workmonitor, subiu de 58% para 61% o número de pessoas que responderam que recusariam um emprego que afetasse negativamente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Além disso, o estudo revela um dado ainda mais alarmante para a Gestão de Pessoas pensar o bem-estar nas empresas: um dos principais motivos que levam à demissão é o “local de trabalho tóxico”.
Isso vai ao encontro de uma outra pesquisa realizada pela McKinsey, que mostra que para 70% das pessoas entrevistadas, a principal causa do burnout é o ambiente tóxico. Mas o que isso significa? Significa que o buraco é mais embaixo, e a mudança requer uma transformação cultural para que as organizações cuidem efetivamente da saúde mental dos colaboradores.
Em empresas que desejam abraçar esse cuidado para valer, além de oferecer benefícios que incentivem seus colaboradores e colaboradoras a terem mais qualidade de vida, e programas de bem-estar, como aulas de mindfulness e terapia, é essencial colocar uma lupa em alguns fatores culturais, como segurança psicológica, lideranças, modelos de trabalho e diversidade e inclusão.
A segurança psicológica é a coluna vertebral dessa história, porque é por meio dela que se constrói um ambiente tolerante ao erro, com espaço para as cada pessoa se expressar, colaborar, tornando possível a criação de vínculos de confiança que impulsionam relações e resultados.
A liderança, por sua vez, tem papel central no desenvolvimento desse terreno, desapegando da mentalidade de comando e controle para estimular a autonomia, praticar a escuta ativa, a empatia, reconhecer as potências do time e atuar como facilitadora dos processos de aprendizado. É também responsável por fazer da diversidade e da inclusão uma premissa para as equipes, não apenas na contratação, mas em especial no apoio aos profissionais de grupos minorizados para que tenham oportunidades de crescimento e ascensão na empresa. Afinal, um local de trabalho saudável é aquele em que as diferenças são valorizadas e cada pessoa pode ser quem se é!
Já os modelos de trabalho entram em cena para atender a uma demanda por flexibilidade, aspecto que favorece uma rotina mais equilibrada – desde que acompanhada de tudo que falamos acima, hein? A pesquisa da Robert Half de 2022 aponta que este fator já é considerado mais importante do que o salário pelos profissionais. Outro estudo, da consultoria Kultua, indica que o modelo híbrido flexível – ou seja, sem dias fixos para estar no escritório – é o ideal desejado por 56% dos mais de 3.000 respondentes.
Sendo assim, cuidar efetivamente da saúde mental dos colaboradores e colaboradoras da sua organização envolve um ecossistema integrado entre valores e ações, entre acordos e práticas que concretizam o discurso de cuidado com o bem-estar nas empresas. Sem essa coerência, não haverá terapia que dê conta.
Por aí, como andam as suas estratégias de Gestão de Pessoas sobre esse importante tema do mercado de trabalho?
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Até a próxima!