Por Pedro Henrique – Swood Convida
Personal Branding ou Marketing Pessoal, sabe do que se trata? Você na frente do espelho já se fez um elogio antes da crítica? É por aí! Marketing Pessoal é o caminho da vida profissional sendo prazeroso e começando pela pessoa mais importante nesse momento, você.
Por trabalhar com branding nessa última década super digital, entendi que o posicionamento das pessoas e marcas, perfis em geral, estão diretamente conectados à narrativa. O Como, O Onde, Com Quem, existem várias formas de se contar uma história, mas, principalmente para quem narra, se não há tesão como primeiro passo a história não tem longevidade porque você vai deixar de produzir.
O ponto inicial é o que você produz, como leva a sua vida hoje em dia. As histórias são feitas de partes da realidade que não aparecem, então também tem um quê de como o mundo te vê através do que é selecionado para contar a história, em outras palavras, é o como você se comporta na internet que diz sobre seu marketing pessoal? Quase isso. Existe mundo fora do digital, ainda bem.
O normal hoje é pensar digital, por mais que eu seja da época em que os brinquedos infantis não eram numa tela, o mundo convergiu para isso. Estamos numa direção de identidades digitais. Agora a maioria das pessoas produz conteúdo, interage, para si ou para outra finalidade, contando algo pessoal ou profissional, isso se conecta ao Marketing Pessoal (Personal Branding) pelo viés de você falar de você. Se é relevante ou não, se é bobagem ou não, o medo da rejeição, se não fomos criados assim, diversos pontos que me fazem ir além “do que vai ao ar”.
Existiu um período em que as pessoas faziam entrevistas de emprego presencialmente, ainda tem, mas é bem pouco, as pessoas pensavam no como deviam aparecer naquele dia, preparadas para falar sobre variados temas e desafios, como deveriam estar trajadas, dentre outras formas de avaliação para quem estivesse empregando. O que mudou foi a forma de analisar, mas não somente de empresa para pessoa, atualmente é de pessoa para pessoa com alguns robôs misturados, um tal de algoritmo e inteligência artificial.
Pois bem, você pode não fazer Marketing Pessoal? Pode! E estará jogando fora a oportunidade de uma melhor colocação no mercado. Vamos virar a chave, é hora de acionar a máxima de que se você ama o que faz, você não estará trabalhando, o que já faz da palavra ‘trabalho’ um pejorativo, porque é mesmo – a origem da palavra tem a ver com castigo.
Para não focar em trabalho, para mudar a energia, vamos falar rapidamente de vida. Não é mais um monólogo, pensa comigo numa dinâmica do que você mais gosta de fazer, tem prazer em alguma coisa? Eu mesmo adoro música e gastronomia, comecei a postar coisas relacionadas a isso no meu dia a dia, quando me vi “trabalhando” com isso já não era mais trabalho. Entendeu o primeiro passo?
Com o que e com quem você começa a se relacionar acabam voltando de algum jeito, você estará conectado a isso, ciclicamente ativa sua bolha, seus amigos que hoje “seguem” seu perfil e mais alguns curiosos que você pode chamá-los de seguidores ou não, só fechar o perfil, vão interagir com algo que eles gostem. Você pode romper a bolha, mas isso é um assunto técnico que não tem amor, é performance, tráfego. Aliás, por mais amor, por favor, sempre!
Vamos, conecte-se com você, depois com os demais. Pode abrir seu perfil para todo mundo ver, já vai alcançar mais gente, ou siga com perfil mais tímido, todavia, mora aqui um incentivo para que produza conteúdos cada vez mais “a sua cara”. Seja mais verdade para colher mais verdade. Você não precisa começar por algum conteúdo autoral, sobre você mesmo, pode mostrar seu olhar sobre o mundo, faça uma foto, pegue uma imagem, faça um comentário, elogie alguém, mande uma mensagem, são vários exemplos de como você gera conteúdo e faz marketing pessoal sem ser robô, coloca emoção porque estamos falando de relacionamento.
Não existe marketing sem relacionamento entre duas ou mais partes, não existe marketing pessoal sem você olhar para dentro e fazer um elogio antes da crítica. A comunicação é minha formação, afirmo que silêncio também é comunicação, então respeite seu tempo, pense sobre, reflita o como você pode propagar você. Mudando a atitude, muda o resultado.
Depois de uma narrativa iniciada, a continuidade é uma questão de fluxo, periodicidade, assuntos percorridos, aí sim, fica mais estratégico. Você vai entender que existe um universo de conteúdo relacionado a vida que você leva. O que são assuntos de interesse dos demais, o que são assuntos inerentes a sua singularidade, fácil de perceber relacionando o exemplo de forças e fraquezas, variações de humor, dentre outros. Isso tudo vira narrativa com poder de contar histórias cada vez mais interessantes, com técnica para atrair a atenção de alguém, fazer com que a pessoa tenha interesse no conteúdo, gere algum desejo, envolvimento, quiçá uma ação.
Convido vocês a darem um google para verem mais da teoria “jornada do herói”, ajudou o Walt Disney a criar os parques, o cara que falou ser mais interessante buscar o impossível porque a concorrência lá é menor. Impossível pra mim é não agradecer sempre, seja grato, sua vida é interessante para quem te quer bem. Seu Marketing Pessoal já existe, move on!
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Pedro Henrique – Graduado em Comunicação Social na ESPM, sócio fundador da V2P. Experiência em estratégia, planejamento, posicionamento, produção, branding e vendas. Professor convidado na ESPM/RJ. @pedrohenriquest