O ano era 2009 quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou dados que apontavam para a doença que se tornaria a mais comum no mundo até 2030: a depressão. Avançando no tempo, em 2020, a pandemia do novo coronavírus chacoalhou nossas estruturas, confinou populações inteiras e tornou a incerteza mais presente do que nunca. O que já era preocupante, ficou ainda mais complicado, aumentando em 25% os casos de ansiedade e depressão, só no primeiro ano da crise sanitária.
No mundo do trabalho, as pessoas podem encontrar ainda mais gatilhos para desenvolver quadros depressivos e de ansiedade. A hiperconectividade, a pressão por resultados e a velocidade das demandas da era digital nos levam ao culto à produtividade – o famoso “trabalhe enquanto eles dormem”, sabe? – colocando o ócio, o lazer e o descanso lá no fim da fila. Reflexo disso é também o crescimento de casos de burnout, o estresse associado ao trabalho, reconhecido pela OMS como um fenômeno ocupacional.
No Brasil, os pedidos de auxílio-doença por conta de transtornos mentais subiram 33,7% de 2019 para 2020, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho. Com todo esse cenário, a saúde mental dos colaboradores não pode mais ser ignorada, convocando as organizações a assumirem também a responsabilidade em frear a escalada do problema. Se você quer entender como cuidar do bem-estar das pessoas na sua empresa, venha com a gente conferir algumas estratégias importantes! 😉
Fatores que potencializam o estresse e a ansiedade no trabalho
Antes de entender como você, Gestor e Gestora de Pessoas, pode traçar estratégias para cuidar da saúde mental dos talentos, vamos entender as condições que podem fomentar quadros depressivos e de burnout? Jornadas excessivas, falta de diálogo entre a equipe, liderança autoritária, cobranças e metas desmedidas, inflexibilidade na rotina e falta de reconhecimento profissional são alguns dos mais comuns – e como você pode ver, estão bastante ligados à cultura e ao dia a dia da empresa.
Isso significa que cuidar da saúde mental dos colaboradores vai além de criar salas de meditação e fazer workshops de inteligência emocional; requer um esforço direcionado para remodelar o modus operandi da organização. É sobre isso que vamos falar agora!
Quebra de estigmas
Durante muito tempo, problemas de saúde mental, especialmente a depressão, foram colocados em um lugar de ‘frescura’, ‘pouca força de vontade’, ‘preguiça’ e por aí vai. Mas, felizmente, o debate sobre o tema vem derrubando preconceitos. Para isso, o primeiro passo é falar sobre o assunto, seja criando comunicação interna para sensibilizar as pessoas ou durante as reuniões de trabalho, mostrando que a porta está aberta para que as pessoas possam compartilhar suas dores e necessidades – o que facilita também a identificação de casos antes que se tornem algo mais grave.
Gestão e segurança psicológica
Nove em cada 10 pessoas associam o burnout ao estilo de liderar. É o resultado da pesquisa da Mindsight com cerca de 2.300 profissionais entrevistados, evidenciando que a liderança é um grande influenciador no bem-estar das equipes. Sendo assim, uma das ações mais necessárias e urgentes que a Gestão de Pessoas pode tomar é avaliar a forma como líderes estão conduzindo seus times, realizando uma pesquisa de clima, além de preparar tais profissionais para praticarem a escuta ativa, a observação e o acolhimento, caso alguém do time esteja atravessando dificuldades.
Um dos pilares para isso é trabalhar a segurança psicológica na organização, criando um ambiente em que cada pessoa pode ser quem é, sem medo de se expressar e sofrer represálias, assédio, discriminação. Afinal, vamos combinar que só vamos querer compartilhar nossas angústias com aqueles que temos vínculos de confiança, não é mesmo? A liderança também precisa se mostrar vulnerável e incentivar o descanso e o cuidado das pessoas.
Flexibilidade na rotina
A reivindicação das pessoas por mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional é uma realidade que as empresas precisam lidar. Neste sentido, é importante que as estratégias de atração e retenção de talentos sejam desenhadas considerando maior flexibilidade e autonomia no dia a dia. Comunicação assíncrona, redução no número de reuniões (muitas horas em videoconferências seguidas são prejudiciais para a concentração e elevam os níveis de estresse) e até jornadas de quatro dias são algumas propostas para serem avaliadas.
Apoio e reabilitação
Além de contar com estratégias que podem neutralizar fontes de ansiedade e estresse, é fundamental que a sua empresa disponibilize cuidados que elevem o bem-estar. Você pode contar com uma oferta de benefícios flexíveis que amplia as possibilidades de uso, para que as pessoas aproveitem de acordo com o que elas precisam e as satisfazem. Quer exemplos? Com a Swood, você pode dedicar aos seus talentos recursos na categoria Saúde e Bem-Estar, para que utilizem em atividades como terapias, SPA’s, médicos e farmácia. Além disso, existe a categoria Cultura e Refeição, as quais podem ser usadas para aquele momento de relax com os amigos e pessoas queridas que fazem a gente ser mais feliz!
E para casos mais graves, de pessoas que estão passando por dificuldades mais acentuadas em relação à depressão, ao estresse e à ansiedade, ofereça escuta, diálogo e apoio no processo de reabilitação, com o atendimento de especialistas, por exemplo.
Saúde mental deve ser assunto prioritário para as empresas, para aquelas que são corajosas em remodelar a lógica dos negócios e dispostas a colocar as pessoas como centro das estratégias. O conteúdo te ajudou a refletir sobre as mudanças necessárias por aí? Esperamos que sim! Compartilhe com seus colegas e conte com a gente para oferecer a melhor solução em benefícios flexíveis que ajudam a cuidar do bem-estar dos colaboradores e gerar mais sorrisos! 🙂
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