Nas manchetes de grandes jornais, os olhares estão quase sempre voltados para o horizonte dos prédios imponentes e das áreas urbanizadas. Mas hoje estamos aqui para mudar essa perspectiva. Queremos mostrar que, mesmo à margem da sociedade, o empreendedorismo nas periferias está se destacando como um dos pilares na produção de riquezas do país e criando a sua própria economia: a “economia de favela”.
Como isso acontece? Bem, os dados falam por si só.
🔍 De acordo com a Outdoor Social, o potencial de consumo nas favelas atingiu a marca de R$ 167 bilhões em 2022, e boa parte desse capital está impulsionando os pequenos negócios das próprias comunidades.
Neste texto, você confere alguns insights importantes sobre o que podemos aprender com esse fenômeno.
Fique com a gente!
Autenticidade e Inovação
O Data Favela revelou que 76% das mais de 17 milhões de pessoas que residem nas comunidades das periferias têm ou aspiram a abrir seu próprio negócio. No entanto, não podemos ignorar os desafios que esses empreendedores podem enfrentar.
Para 40% deles, o acesso ao capital é uma barreira significativa. Além disso, 25% apontam a falta de equipamentos adequados como uma dificuldade constante e 14% enfrentam obstáculos na gestão financeira.
Sabe aquela história de marca cheia de resiliência que tanto vemos por aí e que, muitas vezes, é fabricada para construir uma narrativa diferenciada?
Nas periferias, ela é real e ressoa autenticidade e inovação, ativos valiosos para os consumidores.
Não nos entenda mal, sabemos que essas dificuldades não devem ser romantizadas. Podemos até nos inspirar, mas sempre com o seguinte questionamento em mente:
Se empreendimentos tão únicos progridem mesmo perante tais desafios, o que aconteceria se eles tivessem um investimento para alavancar o seu sucesso? 👀
Na busca de responder essa pergunta, a Expo Favela Innovation vem destacando o empreendedorismo nas periferias ao criar um espaço onde investidores possam conhecer essas iniciativas, acelerar seus negócios e gerar oportunidades de crescimento.
Você pode conferir mais sobre esse evento aqui!
Demais, né? 💙
Potencial de consumo
Há quem ainda diga que a nossa economia é movimentada por uma parcela pequena da elite. Mas nós afirmamos que a realidade está bem distante disso.
As classes C, D e E, predominantes nas favelas, representam 165 milhões de brasileiros e movimentam cerca de R$ 1,7 trilhão de renda.
Estamos falando de um público que dita tendências culturais e comportamentais. Enquanto as empresas de fora das comunidades se esforçam para transmitir diversidade em suas comunicações para alcançá-lo, o empreendedor periférico faz desse público o seu propósito, seja para suprir necessidades, gerar mais renda e empregos, valorizar aspectos culturais, entre outros.
É o famoso “nós por nós”, algo que sempre esteve presente nas periferias, mas que pode ser uma lição para todo e qualquer negócio.
🧠 Fica a reflexão: O que a sua empresa entrega de valor para a comunidade que a acompanha? E como você tem feito para valorizar as suas parcerias, de forma que todos saiam ganhando?
Pluralidade enraizada
As favelas abrigam uma população multifacetada e rica em experiências e talentos. Logo, ao fornecer oportunidades de emprego para seus vizinhos e conhecidos da comunidade, os negócios periféricos acabam sendo, por natureza, plurais.
Para aqueles que buscam ser uma liderança inclusiva e trazer mais diversidade e inclusão para as suas organizações, a nossa dica é clara: contrate pessoas da periferia.
Assim, você estará contribuindo diretamente para o fortalecimento da economia de favela, além de se beneficiar das perspectivas e conhecimentos que podem ser inestimáveis para o crescimento de qualquer empresa.
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Esperamos que essa leitura tenha sido útil para reconhecer e valorizar a potência das favelas e periferias como forças motoras da economia.