É um tal de vai para cá, e para lá, e para outro lugar… É, o mundo do trabalho anda enfrentando uma tendência de pessoas mudando de emprego constantemente – e isso até ganhou um nome: job hopping. Esse comportamento acontece por uma combinação de fatores, como vamos ver já já, e muitas empresas estão buscando formas de superar mais esse desafio que surge na hora de reter talentos.
Se este é o seu caso, está no lugar certo! Estamos aqui para esclarecer o panorama do job hopping e apresentar alguns caminhos que podem apoiar a sua organização a lidar com demanda que chegam com esse movimento. Vamos nessa? 🙂
Por que job hopping?
A média de meses que uma pessoa trabalhadora ficou em um mesmo emprego não chegou a dois anos. Este é um dado do Ministério do Trabalho referente a janeiro de 2023. Profissionais mais jovens, entre 18 e 24 anos, permanecem, em média, apenas nove meses.
Há algum tempo já sabemos que as loooongas carreiras na mesma empresa não são mais o padrão, mas o que vemos é mais do que uma redução no tempo de casa, e sim um sinal de que as pessoas não estão encontrando o que esperam nas oportunidades de trabalho. E aí, mudam com maior frequência. Além disso, com o trabalho descentralizado, ou seja, a possibilidade de trabalhar para outros locais que não onde moramos, também destrava o acesso a mais e mais oportunidades, aumentando a mobilidade.
Compreender as novas aspirações das pessoas trabalhadoras significa ter em casa talentos certos e ainda evitar custos com processos seletivos ou ainda desgaste com o excesso de turnover. Mas quais são essas expectativas e como elas se conectam ao job hopping? Vem com a gente!
Identificação e alinhamento de propósito e valores
O primeiro ponto que destacamos pode parecer manjado, mas é um aspecto central para estabelecer relações sustentáveis: o match de valores e de propósito! Isso inclui estar em uma empresa que tenha uma visão global e responsável sobre os desafios do mundo. Segundo o Guia Salarial da Robert Half, os temas relacionados à cultura corporativa têm aparecido com mais peso para a tomada de decisão dos profissionais: 48% das pessoas candidatas têm interesse em saber mais sobre políticas de diversidade e inclusão; e 47% querem saber os valores corporativos.
Se a sua empresa ainda não tem uma agenda ESG ou iniciativas focadas em promover equidade e responsabilidade ambiental ou ainda uma governança robusta, é hora de fazer isso, até porque, empresas também precisam agir para mudar o mundo! 😉
Além do âmbito geral, o alinhamento de propósitos também se dá na esfera individual. Ou seja, as pessoas esperam que as empresas estejam atentas às suas realidades enquanto pessoas e aos seus objetivos profissionais particulares. Neste sentido, é preciso uma liderança preparada para acolher as demandas, cuidar do bem-estar e facilitar o desenvolvimento de talentos. Ah! E claro, não podemos esquecer que um bom pacote de benefícios faz toda a diferença, especialmente se forem flexíveis para se adaptarem aos diferentes perfis e necessidades.
Cuidados com o bem-estar de forma holística
Eis aqui uma questão fundamental para entender e superar o job hopping: o cuidado com a saúde mental e o bem-estar de forma integral. Os índices alarmantes de burnout são resultado de uma ideia de produtividade calcada na quantidade de horas trabalhadas e pressão excessiva das lideranças – e isso precisa mudar! 61% das pessoas consideram largar o emprego se este afetar a saúde mental, o que torna este tema um ponto de atenção para as empresas que querem reter seus talentos.
Lembre-se: altas e médias lideranças capazes de dissolver tensões e promover segurança psicológica são aquelas que estão abertas a ouvir as pessoas do time e da empresa, proporcionar autonomia e estão dispostas a atualizar o conceito de produtividade e desempenho! Essa postura tem muito mais potencial de engajar talentos, alavancar a performance dos times, dar sentido ao trabalho e, portanto, evitar as fugas do emprego!
Jornadas flexíveis, sim!
Você ficou sabendo que a semana com quatro dias de trabalho está sendo testada no Brasil? Pois é! Esse novo formato vem sendo experimentado em diversos países com resultados satisfatórios. Mas, mesmo se a sua empresa ainda está cautelosa com essa história, não é motivo para abrir mão de ter uma abordagem flexível para experiência no trabalho. Afinal, o modelo de trabalho, segundo 43% dos recrutadores, é o aspecto que as pessoas mais valorizam em uma oportunidade de emprego; e 77% dos profissionais buscam modelos híbridos (remoto + presencial). Sendo assim, talvez manter uma jornada rígida e 100% dentro do escritório, não seja uma boa pedida para evitar o looping de contratações-demissões, não acha?
O job hopping não precisa ser um assombro para a Gestão de Pessoas. Tratar este movimento como uma janela para rever antigos padrões e avançar junto com as mudanças pode ser uma forma mais interessante e inteligente de encarar o fenômeno. As empresas que estão engajadas em reter talentos a partir de novos conceitos e percepções sobre o trabalho na vida das pessoas têm mais chances de lidar melhor não só com o job hopping, mas também com os altos índices de turnover e com a construção de equipes mais integradas e prósperas! E isso tudo significa resultados mais efetivos para o negócio sem abrir mão do olhar humano. A sua organização já está conectada a esses caminhos?
Esperamos te ver mais por aqui!
Equipe Swood