Carreira linear, horário de entrada e saída fixos, pacote de benefícios restrito, liderança no modo comando e controle, como faziam os Incas. Memes à parte, essas premissas parecem estar ficando cada vez mais distantes para as empresas que estão atentas aos movimentos do mundo do trabalho. Cada vez mais, as mudanças levam a um olhar mais individualizado e de maior personalização na experiência do colaborador, fazendo com que profissionais de Gestão de Pessoas tenham que lançar mão de recursos que permitam uma abordagem diferenciada.
Vamos entender por que essa nova perspectiva vem ganhando força e quais desses recursos podem te apoiar em estratégias mais direcionadas para cada colaborador e colaboradora? Siga, porque vale cada palavra 😉
Por que personalizar a experiência do colaborador?
A magnitude das transformações na relação entre empresas e pessoas não tem apenas um único motivo. Pelo contrário, é resultado de uma confluência de acontecimentos e tendências. Um desses fatores é o próprio avanço da digitalização, a qual torna a experiência das pessoas mais personalizada por meio de algoritmos e dados. Assim como ocorre com consumidores, os quais esperam abordagens mais personalizadas das marcas, colaboradores também desejam este olhar por parte dos empregadores.
Não à toa, nos últimos anos, estamos vendo a ascensão do employer branding (marca empregadora), ou seja uma comunicação pensada para criar uma percepção positiva sobre o local de trabalho para atrair talentos – como empresas fazem com seus produtos e serviços para atrair consumidores.
Podemos colocar neste balaio também o fato de que o mercado de trabalho atual é ponto de encontro de quatro diferentes gerações. Enquanto profissionais mais maduros estão retornando, mesmo após a aposentadoria, a Geração Z começa a dar seus primeiros passos na carreira. Entre eles, há a Geração Y (Millennials) se consolidando como a maior parte da força de trabalho; e a Geração X, pessoas nascidas no meio dos anos 60 até 1980, como a segunda maior fatia. Ainda que o aspecto geracional não crave em pedra as preferências e comportamentos, de modo geral, cada uma tem um jeito de ser e de estar no mundo, o que impacta também na forma com que veem o trabalho e o que esperam dele.
Além disso, com a pandemia e a vivência no home office, a experiência de uma rotina diferente da norma, em que pessoas puderam sentir uma certa flexibilidade de horários, trouxe à tona a possibilidade de repensar o modelo de trabalho, por exemplo, ao considerar demandas de pais e pessoas que cuidam, abrindo mais espaço para que este se encaixa na vida pessoal – e não mais o oposto.
Em resumo, a personalização e a experiência de impacto positivo está relacionada a diversos fatores do ciclo de vida de um/uma colaborador. Como diz Silene Rodrigues, Diretora de Recursos Humanos na Adidas “um trabalho que ofereça relevância e experiência para esse ‘consumidor’ que está ávido pela personalização é aquele que tenha menos comando e controle, e mais confiança e accountability, onde a comunicação não-violenta seja cultivada e a inclusão, uma realidade. Essa nova força de trabalho, que não precisa necessariamente ser jovem, quer ter autonomia para escolher se trabalhará do escritório, de casa ou de qualquer outro lugar.”
Como, então, a Gestão de Pessoas pode reformular estratégias e apostar em uma visão mais direcionada para seus colaboradores e colaboradoras? A seguir, compartilhamos algumas possibilidades. Vem ver!
Recursos para ampliar a personalização na experiência dos colaboradores
People Analytics
Implementar uma cultura orientada a dados para basear decisões e traçar estratégias faz parte de uma gestão mais inteligente e eficiente. Na Gestão de Pessoas, o People Analytics, tem este papel ao coletar, organizar e permitir uma interpretação de dados para compreender o cenário das equipes e dos colaboradores, por meio de análises e cruzamento de informações.
É possível, por exemplo, usar o People Analytics desde a fase de recrutamento e seleção, até para aperfeiçoar a experiência do colaborador, avaliando o clima organizacional, os desempenhos, os fatores de engajamento e as oportunidades de desenvolvimento, encontrando padrões, nichos e identificando demandas dos profissionais.
Planos de desenvolvimento cocriados
Por falar em desenvolvimento, eis aqui um ponto de atenção por parte da Gestão de Pessoas. Quando falamos de carreira, a ideia linear, embora seja uma forma, não é a única possível para uma jornada profissional. Hoje, vemos uma maior necessidade de experimentação, o que significa que as pessoas podem participar de projetos multidisciplinares, mudar de área dentro da empresa, e por aí vai.
Neste sentido, o olhar mais individualizado é aquele em que líderes, ao lado do RH, têm diálogos permanentes com cada pessoa da equipe, para compreender quais são seus objetivos profissionais, ambições e horizontes de vida. Com essa troca, a organização pode criar planos de desenvolvimento de competências e de carreira capazes de conciliar o que as pessoas desejam com o que a empresa precisa, ampliando o leque de direções e expandindo potenciais que podem ser melhor aproveitados.
Jornadas mais autônomas
Como vimos acima, a experiência e a personalização também se relacionam com a dinâmica do trabalho. A rotina de uma pessoa que é pai ou mãe é diferente de uma pessoa que não tem filhos ou ainda de uma pessoa que é responsável pelo cuidado de outra, de alguma forma. Por isso, considerar o formato flexível de hora e local de trabalho favorece uma experiência mais adequada ao estilo de vida das pessoas, tornando o próprio emprego mais significativo.
Benefícios flexíveis
Seguindo este raciocínio das diferentes realidades e rotinas, a Gestão de Pessoas pode, ainda, rever a política e a maneira como os benefícios são ofertados. Se cada pessoa tem uma respectiva demanda e necessidade, dentro do seu próprio contexto, então, é justo pensar que determinados recursos podem ser mais ou menos úteis. Para entender como isso se concretiza na sua empresa, é necessário realizar uma investigação com os colaboradores e colaboradoras, captar as demandas mais evidentes, buscando uma solução de benefícios flexíveis que garantam liberdade e, ao mesmo tempo, segurança jurídica para a empresa.
Com a Swood, você tem os dois e muito mais! São 7 carteiras de benefícios e uma única plataforma para gerenciar créditos e acessar relatórios, tudo de um jeito bem prático para agilizar a sua rotina de trabalho e cuidar das pessoas da empresa com mais eficiência 😉 Quer saber mais? É só chamar o nosso time aqui.
Acompanhar as mudanças do mundo do trabalho abre janelas para que a sua empresa crie e fortaleça vínculos com as pessoas, pessoas que fazem todo resultado acontecer. Por isso, encerramos este artigo reforçando a importância de exercer o cuidado, de planejar a experiência e de proporcionar mais personalização na Gestão de Pessoas, com a frase do especialista Jacob Morgan, autor do livro The Employee Experience Advantage:
“Em um mundo onde o dinheiro não é mais o principal fator de motivação para os colaboradores, focar na experiência é a vantagem competitiva mais promissora que as organizações podem criar.”
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