Mexe, remexe, vira, refaz, reconfigura. A mudança é a única constante no mundo, especialmente no mundo do trabalho, o que convida líderes, gestores e gestoras de pessoas a se manterem por dentro das novas dinâmicas para construírem, fortalecerem ou reavaliarem suas estratégias e ações. Mas com tanta coisa acontecendo, o que devo priorizar? Por onde começo? Fique tranquilo e tranquila, porque preparamos este artigo com um compilado de tendências para o futuro do trabalho para priorizar na gestão de pessoas que mais se destacam.
Como base para este conteúdo, bebemos de duas fontes que tem profundo conhecimento no tema e, este ano, apresentaram suas pesquisas sobre os movimentos que afetam tanto empresas quanto profissionais: o primeiro é o relatório da Gartner; e o segundo é o estudo intitulado The Reivention of Culture Company, do LinkedIn Talent Solutions.
E então, vamos nessa? 🙂
Flexibilidade como norma
Comecemos com ele, o conceito que vem atravessando o mercado de trabalho e as muitas mudanças que estamos vendo acontecer e impulsionando outras que virão: a flexibilidade. É importante lembrar que isso não significa apenas poder trabalhar no modelo home office, mas representa uma guinada na própria cultura da empresa, já que valores, práticas, ferramentas, relações, comunicação, avaliações, são ressignificados para uma lógica descentralizada e mais autônoma.
Esse vem sendo também um fator de satisfação no trabalho e crucial para a atratividade e a retenção de talentos. Segundo os dados da pesquisa do LinkedIn, trabalhadores são 2,6 vezes mais propensos a afirmar que estão felizes e 2,1 vezes mais propensos a indicar a experiência de trabalho em organizações nas quais podem escolher onde e quando trabalhar. Nos resultados da Gartner, 59% dos profissionais dizem que aceitariam uma oportunidade ou mudariam de emprego com base na opção de trabalhar de qualquer lugar.
No entanto, sabemos que a flexibilidade não é uma realidade para todos, afinal, profissionais de linha de frente e operacionais precisam estar presencialmente nos postos de trabalho. Neste sentido, as empresas precisarão encontrar outras formas de ofertar uma experiência flexível, de forma justa, seja em relação aos horários ou implementando jornadas reduzidas. Já pensou nisso por aí?
Equilíbrio e bem-estar no centro
Lado a lado com a ideia de flexibilidade, está a qualidade de vida. Com as quebras de paradigmas e uma revisão sobre o sentido do trabalho, a demanda das pessoas é clara: mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. De acordo com a pesquisa do LinkedIn, 63% dos profissionais colocam este aspecto como item prioritário para a escolha de um emprego.
Neste cenário é que a flexibilidade se insere, e pautas como a jornada de trabalho reduzida ganha força. Recentemente, a Inglaterra colocou um projeto piloto com 3.300 trabalhadores, de 70 empresas, para trabalharem quatro dias por semana, sem redução de salário. Por aqui, o movimento acontece mais timidamente, mas já dá seus primeiros passos. A Zee.Dog, marca de produtos pet, e a Shoot, empresa de comunicação, são dois exemplos que colocam em prática essa proposta.
Dentro desse chamado por qualidade de vida, não poderíamos deixar de falar do bem-estar que as pessoas esperam que as organizações promovam e facilitem. Casos de burnout estouraram, a depressão atinge milhões de pessoas, e não é mais hora de celebrar o ou a profissional que vira noites na labuta. As empresas precisam contribuir para abandonar essa visão da produtividade e transformar o olhar a partir do ato de cuidar. Você sabe do que estamos falando <3
“O fato é que agora estamos na casa um do outro e não há mais essa separação entre trabalho e vida doméstica. Você obtém todo o ser humano e precisa pensar em como trabalhar, apoiar e envolver todo o ser humano.”
Becky Garroch , Vice-presidente de Pessoas e Lugares da Digital River
O bem-estar das pessoas , especialmente a atenção à saúde mental, é essencial para que organizações acompanhem as mudanças e vençam a guerra por talentos. Dados do LinkedIn mostram que trabalhadores que se sentem cuidados pela companhia têm 3,2 vezes mais chances de estarem felizes no trabalho; e 3,7 vezes mais propícios a recomendar a empresa como lugar para trabalhar.
A Gartner mostra que organizações estão se mobilizando para isso: um dos exemplos é que 85% passaram a oferecer pelo menos um novo benefício de bem-estar mental por conta da pandemia da COVID-19. Por aí, como está a ampliação dos benefícios voltados à qualidade de vida? Sabe que pode contar com a gente, não é mesmo? Temos uma solução em benefícios flexíveis e sete carteiras, entre elas a de Saúde & Bem-Estar, na qual seus colaboradores podem usar os créditos em hospitais, centros médicos, clínicas particulares, clínicas de estética, salões de beleza, laboratórios de análises clínicas, farmácias e drogarias. Curtiu? 🙂
Liderança e cultura como base
Para finalizar esse top 3 destaques das tendências do futuro do trabalho, é fundamental que as empresas repensem os papéis, o perfil e as habilidades necessárias para líderes atuais e futuros. O relatório da Gartner aponta que 64% das funções da gestão serão automatizadas até 2024, redefinindo a atuação perante seus times. Além disso, a transformação digital e o cenário de instabilidade pedem que as lideranças revejam as suas competências, combinando uma visão tecnológica e analítica para pensar em inovação e decidir com base em dados, um quê de ousadia e muita capacidade de se conectar com pessoas!
Por isso, você que está cuidando de quem cuida das equipes diariamente, pode incluir em seu planejamento estratégico o preparo e a qualificação de líderes para que possam enfrentar as volatilidades e incertezas e gerir pessoas com acolhimento – e isso tem tudo a ver com o tópico anterior, já que profissionais querem que seus gestores e gestoras se preocupem com o seu bem-estar.
“Se os funcionários estão dizendo: ‘Quero equilíbrio, quero ser cuidado, quero ter uma vida’, sua mensagem precisa mudar”
Marta Riggins, consultora de marca empregadora
Esta frase da Marta Riggins diz respeito a uma questão que é pilar de todas as outras questões que trouxemos acima. A cultura organizacional, como raiz da empresa, precisa ser trabalhada fortemente para que atenda a essas novas necessidades e expectativas que são levantadas pelos trabalhadores. Assim, organizações terão a oportunidade de despontar com a retenção e o engajamento de talentos, apostando na estratégia de pessoas como diferencial competitivo e caminho da sustentabilidade dos negócios.
A área de Gestão de Pessoas tem muito trabalho para fazer, sempre buscando alinhamento com líderes e equipes, mas priorizar certos temas pode facilitar essa missão e esperamos ter te ajudado a clarear o que se destaca entre as tendências de futuro do trabalho. Você gostou de saber quais as tendências para o futuro do trabalho para priorizar na Gestão de Pessoas? Conte para a gente em um cafezinho!
Até logo!
Fonte: 5 tendências para o futuro do trabalho