Você já percebeu como o conceito de bem-estar vem mudando? Muito além de estar com a saúde física em dia, estar bem passou a significar também cuidar do psicológico, do emocional, do espiritual. E mais uma dimensão está sendo acrescentada a essa nova perspectiva: o bem-estar financeiro. A saúde financeira é muito importante para todos.
Em um contexto econômico desafiador e instável, 76,6% das famílias estão endividadas no país. É o maior índice nos últimos 12 anos, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Nesta condição, as pessoas ficam muito mais estressadas e deprimidas, afetando diretamente outras camadas da vida, inclusive a profissional.
Segundo um estudo ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), para 78% dos entrevistados, a principal causa de ansiedade e preocupação é o fator financeiro. Para entender o atravessamento entre finanças e desempenho, a pesquisa da Creditas com o Ibope Inteligência identificou que:
- 37% dos endividados estavam buscando um novo emprego para pagar as contas;
- 32% assumiram um trabalho extra para complementar a renda;
- 26% passaram a sentir-se mais desmotivados no trabalho.
Paralelo a isso, as empresas também estão mais atentas ao bem-estar de seus colaboradores, implementando novos caminhos para cuidar das pessoas e assumindo esse cuidado como uma responsabilidade compartilhada. E se as finanças estão tirando o sono das pessoas, por que não traçar formas de apoiá-las neste sentido?
Preparamos este artigo para mostrar como as organizações e profissionais da área de Gestão de Pessoas podem contribuir para o bem-estar financeiro das pessoas, ampliando a estratégia de benefícios e elevando os níveis de engajamento e satisfação. Curtiu? Então, siga aqui!
Mapeie o cenário
Em qualquer ação estratégica na área de Gestão de Pessoas, é fundamental iniciar com uma pesquisa para compreender quais são as dores dos colaboradores e colaboradoras e qual o grau dessas dificuldades. Realize uma pesquisa, de preferência anônima, para entender se a questão financeira está gerando estresse e desmotivação nas equipes e investigue quais as maiores preocupações – por exemplo, quais despesas pesam mais no bolso ou se há maior interesse para planos preventivos ou a longo prazo, como seguros e previdências.
Forneça treinamentos e qualificação
Seria ótimo se desde sempre a gente aprendesse a se relacionar com o dinheiro e entendesse o mundo financeiro. Mas, infelizmente, essa não é a realidade. Muitas pessoas acabam contraindo dívidas e tendo uma relação conflituosa com seus recursos, pois não tiveram a oportunidade de se preparar para gerenciar as contas.
Para preencher essa lacuna, as empresas podem proporcionar momentos de educação financeira, a partir de treinamentos que abordem o uso de crédito, o planejamento doméstico e pessoal, o controle das despesas e até a consultoria em investimentos.
Invista em benefícios relevantes
A estratégia de benefícios é uma grande aliada na hora de apoiar as pessoas a usufruir melhor suas finanças. Com o mapeamento de necessidades que citamos lá no começo, é possível oferecer subsídios que terão impacto nas economias, além de também contribuírem para um cuidado holístico com os colaboradores.
Assistência médica, alimentação, transporte, cultura, auxílio-creche, seguros e previdência são alguns exemplos de benefícios que agregam valor, aliviando nas despesas que são indispensáveis para uma maior qualidade de vida. É claro que cada pessoa tem um determinado estilo e perfil, por isso, optar por benefícios flexíveis é uma escolha mais inteligente para que as empresas possam, de fato, atender ao que cada um e cada uma precisa em suas respectivas realidades, reverberando positivamente – nas contas, na rotina, na saúde.
Proporcione flexibilidade na jornada
A possibilidade de cuidar de questões pessoais no dia a dia contribui também para que profissionais tenham mais tranquilidade para resolver pendências financeiras. Isso porque, muitas vezes, é preciso ir ao banco, conversar com advogados ou comparecer a locais para solucionar aspectos burocráticos. Por isso, se a sua empresa ainda não oferece a flexibilidade na jornada de trabalho, esse é mais um motivo para reconsiderar!
Com esse espaço, as pessoas se sentirão mais confortáveis e acolhidas pela organização, fortalecendo o engajamento no trabalho. Vale destacar aqui que gestores precisam estar preparados para conversar com seus times sobre essas questões e reflitam esse cuidado nas tratativas diárias. Resumindo: de nada adianta a empresa oferecer flexibilidade, se depois há uma retaliação. Alinhamento é essencial para não haver cobranças desnecessárias 😉
Enquanto as pessoas enfrentam desafios críticos com suas finanças, na sociedade, o olhar para o bem-estar se amplia para novas esferas. Neste sentido, empresas mais comprometidas em melhorar a atração, a retenção e a experiência dos colaboradores (especialmente, em um momento de pico de escassez de talentos), podem se mover para também abraçar a saúde financeira de suas equipes como pilar para enriquecer as estratégias e fazer render mais sorrisos!
Quer saber como podemos te ajudar a oferecer benefícios flexíveis e vantagens para sua organização? Estamos a um clique de distância!
Até já! 🙂