Mesmo com o abrandamento da pandemia, o home office não sairá de cena. Pelo contrário, profissionais estão cada vez mais colocando a flexibilidade do modelo remoto como premissa para aceitar e se manter em um emprego. Assim, as empresas mais atentas estão intensificando a adaptação a uma realidade que reconfigura a dinâmica laboral: segundo a pesquisa da consultoria Robert Half, 48% das empresas devem operar em sistema híbrido em 2022, combinando o presencial e o virtual.
É nessa nova dinâmica que as atividades que antes seguiam uma cartilha ganham um novo significado e um novo caminho, como é o caso do momento de receber talentos na equipe. Por aí, você já fez o onboarding remoto de colaboradores? Hoje, nossa conversa por aqui é sobre sair do improviso para criar um fluxo mais humanizado, fazendo o employee experience (experiência do colaborador) começar com o pé direito – e com calor humano, mesmo no ambiente digital. Vamos nessa? 😉
Os desafios do onboarding remoto
Podemos dizer que a chegada de um novo ou de uma nova profissional tem dois aspectos fundamentais: o operacional e o emocional. No operacional, temos requisitos como ferramentas de trabalho e liberação de acessos; enquanto o sentido emocional envolve despertar senso de pertencimento, proporcionar o entendimento da cultura da empresa e iniciar a construção de relações saudáveis.
No formato remoto, essas duas faces da integração precisam ser adaptadas, o que pode ser um desafio para as organizações. Em relação ao operacional, se antes o escritório já oferecia a estrutura e os materiais para a pessoa chegar e ocupar a sua mesa, agora, o onboarding precisa considerar a logística e o suporte para que ela tenha em mãos todos os aparatos necessários para realizar o trabalho em sua casa ou outro local. Nesta hora, entram no jogo, por exemplo:
- o envio de computador/notebook;
- o envio de cadeira e outros itens que possam melhorar a experiência no home office;
- a garantia de segurança da informação em aparelhos usados fora da sede da empresa;
- a disponibilização todas as credenciais (e-mails, senhas e ferramentas) para a pessoa acessar os sistemas da empresa de qualquer lugar, com tranquilidade;
- a providência dos benefícios flexíveis, solicitando cartão em nome do colaborador.
Além disso, em um momento em que as relações humanas e a cultura organizacional alcançam protagonismo no mundo corporativo, há ainda o desafio em fazer com que novos talentos absorvam os valores da empresa, se sintam pertencentes desde o momento zero, compreendam o propósito da organização e se sintam incluídos e seguros no ambiente de trabalho – mesmo sem compartilhá-lo todos os dias com líderes e colegas.
Mas como, então, você pode enriquecer a estratégia de onboarding remoto e prezar para que esta nova pessoa que está chegando se integre com mais facilidade tanto ao trabalho quanto à cultura? A gente tem algumas dicas interessantes a seguir, confira!
Boas práticas do onboarding remoto humanizado
Você, que cuida de pessoas na organização, sabe que a recepção de cada um e cada uma é essencial para fundar o sentimento de pertencimento, de valorização e de engajamento com parceria que acaba de começar. Então, vamos por partes!
O que fazer antes do primeiro dia do colaborador na empresa?
Além do que já adiantamos acima, sobre os aspectos operacionais para o ingresso na organização, temos ainda a parte burocrática. E nesse sentido, a comunicação, que é um fator decisivo para uma boa experiência no onboarding e no trabalho remoto, já deve estar afinada. Por isso, transmita todas as informações sobre documentos, exames e processos admissionais de uma forma simples e fácil de entender, para que o colaborador não se sinta perdido logo neste primeiro passo. Cheque o recebimento e a compreensão dos direcionamentos que foram passados 🙂
Outro ponto que faz toda a diferença para “preparar o terreno” da integração remota é informar claramente aos demais profissionais que uma nova pessoa irá fazer parte do time. Conte para os colegas sobre quem ela é, de onde ela vem e como ela vai contribuir com a equipe. Assim, no momento em que acontecer o bate-papo entre todos, a conversa tende a ser mais agradável e receptiva – e o calor humano mais presente. 😉
Se possível, você também pode compartilhar alguns materiais da empresa para que o colaborador ou colaboradora possa estudar a missão, o propósito, os valores e a cultura organizacional, assim, ajuda a contextualizá-lo no momento de ter as primeiras interações. Conhecer previamente o “jeitão” da empresa pode amenizar a sensação de estar diante do desconhecido e ajuda a reduzir a insegurança.
Ah! E que tal enviar também um kit de boas-vindas, com uma carta e alguns itens que podem ser usados no dia a dia, como caneca, caderno, canetas, chocolates… Enfim, deixe a criatividade fluir!
O que fazer durante o onboarding remoto?
A primeira pergunta é: quanto tempo é este “durante”? Bom, vale lembrar que não é só o dia da chegada do novo colaborador ou da nova colaboradora. O onboarding se refere a um processo de integração que demanda tempo, imersão, inclusão. São muitas informações novas para absorver, muitas pessoas para conhecer, processos para entender. Ufa!
E, diferentemente de um formato presencial, no qual basta olhar para o lado ou ir até a sala de alguém para esclarecer uma dúvida, no modo remoto, essa interação tem outro ritmo, outro balanço. Por isso, a sugestão é criar um cronograma com encontros regulares entre gestores e colegas, para que estejam à disposição no suporte às dúvidas e para a realização de rituais de cultura, antes da pessoa por a mão na massa.
Você, como Gestor de Pessoas, pode fazer a condução inicial, apresentando o ou a profissional para a empresa, explicando como será esse processo de onboarding remoto para que ela se sinta preparada para as etapas que virão e como e por onde poderá acionar as pessoas, caso precise de apoio eventualmente.
Nessa hora, também é legal apresentar informações essenciais, como horários, políticas da empresa, como funcionam os benefícios e como utilizá-los, por exemplo. Transparência e disponibilidade são fundamentais para as pessoas se sentirem acolhidas e seguras.
Lembra quando falamos que a comunicação é fator decisivo para uma boa experiência? Apresente os canais pelos quais a pessoa poderá interagir e explique os fluxos de informação que ela saiba como proceder, mostrando sempre que a empresa está à disposição para ajudá-la. Aproveite também para orientar os gestores e as gestoras a, primeiro, alinhar expectativas com o talento recém-chegado: ainda que já tenham conversado na entrevista, harmonizar o que a empresa espera e o que o ou a profissional deseja estabelece, desde o início, abertura para uma relação de diálogo e empatia. Todos saem ganhando!
Dica: é interessante também que os novos talentos tenham uma papo com líderes da organização, horizontalizando as interações e, mais uma vez, reforçando o pertencimento à nova equipe.
Por fim, o onboarding remoto deve considerar um período de acompanhamento e, gradualmente, ir introduzindo tarefas e demandas aos novos colaboradores. Não se esqueça de pedir feedback para eles e aperfeiçoe o fluxo com as percepções de quem esteve ali, vivendo essa experiência. Certamente, suas estratégias irão se potencializar!
E então, gostou das dicas para tornar os processos de onboarding remoto mais humanizado? Esperamos que sim! 🙂 A experiência dos colaboradores está cada vez mais em destaque para as organizações reterem talentos, em um momento em que a dificuldade por encontrar profissionais certos aumenta. Para isso, você também pode contar com a nossa solução de benefícios flexíveis e vantagens para cuidar das pessoas da sua empresa, de um jeito fácil, inovador e humano.
Até logo! 😉