Por Hellen Borges – Swood Convida
Essa é sempre a pergunta mais difícil que alguém pode me fazer. E respondê-la é praticamente impossível se quem pergunta não entende o que é investir e o que busca com isso.
Para essa incursão no mundo complexo e gigante dos investimentos, quero propor uma série de reflexões para que cada leitor possa entender qual investimento faz sentido para seu perfil e seus planos e a partir daí selecionar onde irá colocar seu dinheiro.
Investir é aplicar capital (dinheiro) com objetivo de obter lucro. E a condição para investir é poupar. Ou seja, reservar uma parte dos seus ganhos para esse fim. Porém, fazer com que seu dinheiro trabalhe por você, como muitos dizem, não é uma tarefa tão fácil.
A primeira coisa que você precisa definir é qual seu objetivo. Que poderia ser: complementar o que vai receber de aposentadoria; comprar um imóvel; ter uma reserva de dinheiro; complementar sua renda mensal ou qualquer outro projeto.
Depois é preciso se atentar às quatro variáveis que precisam ser levadas em conta quando você decide fazer um investimento:
Prazo:
- Curto: vai deixar seu dinheiro investido por poucos meses ou anos. Quando você tem já uma data na qual vai necessitar do recurso.
- Longo: vai deixar o dinheiro investido por vários anos. Não tem planos de usar o dinheiro.
Tipo de Rentabilidade:
- Fixa: você sabe exatamente quanto terá de lucro mensalmente. Empresta seu dinheiro por uma taxa fixa de juros. Exemplo: Poupança, Tesouro Nacional, CDB (Certificado de depósito bancário), LCI (Letra de crédito imobiliário), etc.
- Variável: o retorno sobre o investimento é imprevisível pois varia de acordo com as condições do mercado. Exemplo: Ações de empresas negociadas na bolsa de valores, Fundos de Investimentos, Câmbio (varia com a cotação das moedas), Criptomoedas, etc.
Risco:
- Alto: você pode ganhar muito, mas também pode perder não só o lucro como também o valor investido.
- Baixo: você não corre risco de perder o valor investido, mas também terá um retorno baixo e normalmente previsível.
Liquidez:
- Alta: é quando você consegue vender seu investimento a qualquer momento e transformá-lo em dinheiro. Exemplo: Ações de empresas que você pode vender na bolsa de valores e títulos do tesouro.
- Baixa: quando você não consegue transformar o investimento em dinheiro de forma rápida. Exemplo: imóveis e investimentos de longo prazo que o investidor não pode vender ou tem perda significativa em forma de multa para vender.
Para atingir seu objetivo você precisa levar em conta a dinâmica do mercado de investimentos.
Quanto mais segurança e previsibilidade você buscar nos investimentos, menor será o retorno (lucro) e você terá pouco risco de perder o que investiu.
Quanto mais arriscado for o investimento maior a possibilidade de lucro em menor tempo, porém, nesse caso é possível perder o dinheiro investido.
Por isso, antes de investir é importante definir qual seu objetivo ao fazer o investimento e, principalmente, qual é seu perfil de investidor.
Se é mais agressivo e se sente confortável em correr mais riscos para obter mais lucro em menor tempo e lida bem com o fato de poder perder parte do dinheiro investido. Ou se é mais conservador e prefere ganhar menos e demorar mais para juntar o dinheiro necessário para realizar seus sonhos, porém tendo mais segurança de que não corre o risco de perder seu dinheiro e sabe exatamente quanto terá de lucro no investimento.
E lembre-se sempre de quando for buscar onde investir é importante estudar e se informar sobre como funciona esse investimento, principalmente os investimentos de maior risco para evitar perder parte das suas economias.
Como na maior parte das coisas para ser um bom investidor é preciso estudar, praticar, ter disciplina e não desistir. Hoje tem investimentos para todos os tipos de pessoas, valores, objetivos e projetos. Eu convido todos vocês a se aprofundarem nesse mundo cheio de possibilidades.
>>>>>>>>>>>>>>>
Hellen Borges é formada em Administração de Empresa pela FGV, pós-graduada em Adm. Estratégica pela FIA e especializações em inovação e transformação digital em UC Berkeley e Saint Paul. Com 15 anos de experiência nos setores de logística e serviços, atualmente é Head of Operations da Swood responsável por trazer a operação para o Brasil.