Incertezas, imprevisibilidade, rupturas e caos marcam o modus operandi do mundo contemporâneo. Desde a pandemia, evento de maior magnitude que representa uma disrupção em nossas formas de viver, de trabalhar, de pensar, estamos atravessando um período de grandes mudanças que colocam em xeque tudo que considerávamos estáveis e certas até aqui. E, claro, os negócios não saem ilesos de tudo isso; pelo contrário, as organizações estão tendo que se reinventar para seguir prosperando.
É nesse contexto de ebulição que o RH consolidou o papel estratégico nas empresas, o que aumenta a pressão por performance que responda aos desafios que se impõem com transformações contínuas em um ritmo cada vez mais rápido. Você sente tudo isso na pele, não é mesmo? Mas, respire! É possível navegar nesse cenário de uma forma mais positiva e construtiva: impulsione a gestão de pessoas com a mentalidade antifrágil.
Vamos entender como a ideia de antifragilidade se encaixa na realidade atual e como algumas posturas que partem desse conceito podem impulsionar o seu trabalho e, de quebra, ainda te ajudar a lidar melhor com a ansiedade que vem junto com as interrogações sobre o futuro? Vem com a gente!
De onde surgiu a antifragilidade?
A verdade é que o desconhecido sempre fez parte da história humana, bem como adversidades e aleatoriedades. Porém, com as recentes transformações, nas mais diversas áreas, tudo se tornou mais intenso e acelerado, de tal forma que nos demanda novas lentes para encarar o mundo. Neste sentido, o conceito de antifrágil vem bem a calhar. Foi com o livro ‘Antifrágil: Coisas que se beneficiam com o caos’, do ensaísta, estatístico e analista de risco, Nassim Nicholas Taleb, que a antifragilidade se popularizou.
Antifrágil significa olhar para a imprevisibilidade, para a incerteza e para o caos não como obstáculos, mas como oportunidades de construir algo melhor. É ir além da resiliência – no ‘voltar ao estado normal’ mesmo com o impacto -, porque ser antifrágil sugere sair fortalecido de uma situação difícil, ou seja, se beneficiar dos eventos que acontecem sem o nosso controle. Falando assim, parece muito ‘cor de rosa’, não é mesmo? Mas a antifragilidade faz parte de outros contextos, por exemplo, quando as plantas nascem mais fortes depois de uma poda. É mais abraçar o que se apresenta do que lutar contra.
Na gestão de pessoas, na profissão e na vida, a mentalidade antifrágil se aplica a partir de algumas habilidades e comportamentos que contribuem para ressignificar o ambiente caótico e permitir uma experiência mais frutífera com as pessoas e com o mundo. Quer saber quais são? Continue, que vale a pena!
Como colocar em prática a mentalidade antifrágil?
A plataforma O Futuro das Coisas listou cinco atitudes que abrem espaço para adotar a antifragilidade no seu dia a dia, e podem potencializar ainda mais a sua atuação como profissional de Gestão de Pessoas.
Adaptabilidade e flexibilidade
Nem sempre – ou quase sempre – as coisas não saem como o planejado. Por isso, ser capaz de criar rotas alternativas é uma postura indispensável para aproveitar as situações em favor dos melhores resultados.
Riscos e erros são inevitáveis
Correr riscos são parte intrínseca do progresso, assim como o erro. Então, em momentos de dúvida e incerteza, é importante ter coragem para assumir possibilidades de falha e, além disso, ver nesses tropeços os aprendizados para que acertar na próxima. 😉 Incentive líderes a acolherem as pessoa que arriscam – e erram – para que haja um ambiente propício ao desenvolvimento, com segurança psicológica.
Aproxime-se do diferente
Geralmente, nos distanciamos de quem pensa diferente de nós e fugimos de conflitos, mas debater ideias plurais tem muito mais potencial para solucionar problemas complexos do que se ficarmos só em nossas próprias bolhas.
Derrube os silos
Aproveitando o gancho da colaboração, você, como profissional de Gestão de Pessoas, pode promover a mentalidade antifrágil nas organizações ao propor mais momentos de integração entre áreas e disciplinas. Fortalecendo conexões e unindo saberes, mais capacidade de lidar com contextos desafiadores.
Contato com as emoções
Um equívoco comum é entender a antifragilidade como se manter alheio e inabalável diante das alterações ou imprevistos, quando, na verdade, a mentalidade antifrágil convida para compreender as emoções, trabalhar com empatia, se reconhecer vulnerável para entender fortalezas e pontos de melhoria. E está tudo bem!
Adicionamos mais um item nesta lista que é tão importante quanto os demais: manter a chama da curiosidade sempre acesa, isso quer dizer, não parar de aprender! Estar constantemente interessado e aberto a novidades, ao conhecimento e a experiências mantém a mente estimulada a pensar em saídas criativas e inteligentes.
O mundo está se transformando a cada segundo, e não temos como controlar tudo ao nosso redor. O que podemos fazer é lançar mão de recursos e ferramentas que nos ajudam a lidar com essa dinâmica e nos permitam viver e trabalhar melhor. E quando você faz isso, impacta a vida e o trabalho de outras pessoas que estão na organização. 🙂
Se você quer se aprofundar na mentalidade antifrágil e entender como ela pode catapultar seu trabalho, recomendamos que leia o livro completo e aproveite todos os insights! Aliás, dicas de leitura para a sua carreira no RH? Temos! Clique aqui para conferir e escolha seu próximo título.
Gostou do conteúdo “Impulsione a gestão de Pessoas com a mentalidade antifrágil” ? Deixe seu comentário!